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Poeta mudo
Com as palavras presas na garganta
Que de forma nenhuma as podia gritar
Descobriu que escrever era uma forma de falar.
Por uns incompreendido, por outros admirado
Por uns incompreendido, por outros admirado
Consigo sempre trazia o seu caderno encarnado
E com uma delicadeza estonteante, escrevia o que sentia
Escrevia o que queria sentir,
Escrevia o que queria dizer…
Escrevia...
Os seus gestos revestidos de uma expressividade sem fim
Diziam mais que muitos oradores em palestras e afins.
Poeta exclamavam uns!
Não-poeta reclamavam outros!
Poeta porque a sua escrita exalava o cheiro das flores
Não-poeta porque não falava delas e dos seus odores
Poeta porque escrevia sentimentos
Não-poeta porque não declamava momentos
A poesia existe para ser dita, sentida, sonhada
Como não podia dizer, escrevia com alma
Com a alma e a voz calada...
O respeito pela sua diferença valia mais que tudo
Afinal era poeta… sim, poeta mudo!
© Manuela Rodrigues
Meu Deus como é tão perfeito!Parece saído dentro de cada um de nós assim simplesmente !Mas não,que seja o poeta a falar para que o mundano se torne precioso!
ResponderEliminarParabéns minha amiga! Está perfeito!
ResponderEliminarSem dúvida... Tu és POETA!!!
Bjinhos
Obrigada, minhas queridas Isabel e Ana!
EliminarBeijinhos