domingo, 13 de outubro de 2013

Reencontro

imagem retirada de http://www.orkut.com
Reencontro

Saudade que aperta no peito por um amor que há muito partiu
Com doces lembranças se deleita, essas o destino não destruiu!
Àquela praia distante, onde o mar ousou recolhê-la
Ele vai sempre que pode, na esperança de conseguir vê-la
Horas a fio a contemplar o mar que seu rival fizera
Acabou por adormecer continuando à sua espera
Acordara já de noite sob um céu limpo e estrelado
Com a lua intensamente brilhante e o mar estranhamente parado
Eis que ao longe no horizonte uma figura reconheceu
Era sua amada querida envolta num encantado véu
As pernas entorpecidas, a voz mais que embargada
Não se conseguia mexer nem tão pouco falar nada
Ela no seu corpo tocou e no seu véu o envolveu
Ele ternamente a abraçou sentindo o coração dela no seu
Do luar fizeram o lençol, as estrelas sua luz apagaram
O mar retirou-se de mansinho e os dois ali se amaram
Um doce sorriso esboçou quando uma quente carícia sentiu
Ficou quieto e chorou assim que seus olhos abriu
A carícia que sentira, fora o sol que lhe tocara
Adormecera naquela praia… afinal apenas sonhara
E quando ia embora de coração despedaçado
Repara num véu de cetim que ali haviam deixado
Pegou-lhe com carinho, devastado pela dor
Na certeza que tinha estado nos braços do seu amor
Impregnado na sua pele seu perfume tinha ficado
Fora a sua despedida, sabia-a do outro lado



© Manuela Rodrigues

2 comentários:

  1. Adorei o poema, Manela! Gosto deste teu género... conta uma história linda que me apetecia continuar a ler... Continua amiga! Bj

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